segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quando deixar o bebê dormir sozinho???

Chega um momento em que a criança precisa do seu próprio espaço para criar hábitos saudáveis de sono, autonomia e bom desenvolvimento psicológico. Já a partir do terceiro mês a criança tem condições de dormir sozinha em seu quarto, sob a supervisão dos pais.
Aos seis meses, o bebê já pode passar a noite toda dormindo sem pausas para se alimentar. “Durante a madrugada, muitas vezes por cansaço, os pais acabam levando o bebê para a cama deles. Apesar disso ser um consolo imediato e parecer mais simples, acaba criando um hábito ruim para o bebê e para os pais”, adverte dra. Cleonir Lui Beck, mestre em pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “Portanto seja forte e firme na sua decisão”.
Uma boa dica, segundo pediatra, é colocar a criança no berço ainda acordada. “Quando estiver adormecendo, após ter mamado o suficiente, coloque-a no berço, para que adormeça sozinha.
Se não mamou o suficiente, tente acordá-la e ofereça mais leite. Assim que estiver sonolenta, leve-a para o berço. Desta forma, se ela acordar durante a noite será mais fácil pegar no sono novamente, sem a presença da mãe”.
Mas, o que fazer se o seu filho insiste em acordar no meio da noite e chorar? 
“Não dê muita atenção”, enfatiza a pediatra. “Vá até o quarto e tranquilize-o sem acender a luz. Não brinque ou atenda aos seus pedidos. Com isso, você o ajudará a diferenciar a noite como hora de dormir e que não terá a sua atenção nessa hora”. “Nesse momento de transição, um bicho de pelúcia, uma fralda ou um boneco poderão ajudá-lo a se sentir mais seguro”, comenta a pediatra.
Quando a criança estiver maior poderá pedir para dormir com os pais. “Não deixe! O correto é levá-la de volta para cama, ensinando que lá é o lugar dela dormir. Não há necessidade de fortes argumentações ou brigas: o importante é ela entender a regra e saber que aquilo é melhor para ela. Caso haja estresse ou tensão neste momento poderá associar a hora do sono com algo ruim.”
Lembre-se: ajudar a criança a ter autonomia não significa supervisionar menos. As crianças precisam de orientação e apoio para uma vida saudável e os pais são os melhores guias nessa jornada.

domingo, 29 de abril de 2012

Proteja seu filho contra 5 doenças...

As vacinas, apesar de desempenharem um papel muito importante na prevenção de doenças, são dolorosas para as crianças e, muitas vezes, deixam os pais apavorados.
Para diminuir a choradeira dos filhos e aumentar a comodidade dos pais, foi criada uma vacina que protege o organismo dos pequeninos contra cinco doenças de uma única vez, ou seja, com uma única picada seu filho fica protegido da difteria, do tétano, da coqueluche, da poliomielite e de doenças invasivas, como a meningite.
Desenvolvida pela Sanofi Pasteur, a vacina garante a proteção da saúde de crianças entre dois meses e sete anos de idade. O esquema prevê três doses: aos dois, três e quatro meses. Os reforços são aplicados aos 18 meses e quando a criança tiver entre quatro e seis anos.
Fique atenta às datas! Converse com o pediatra do seu filho.
Saiba mais sobre as doenças que a vacina previne.
CoquelucheTransmitida por bactéria presente na tosse e no espirro, é uma doença especialmente séria em crianças menores de seis meses de idade. Causa tosse prolongada (por isso também é conhecida por tosse comprida) e pode provocar problemas respiratórios.
Tétano
Doença que se multiplica em ferida aberta podendo provocar rigidez e fortes dores musculares, também transmitida por bactéria.
Poliomelite
Popularmente conhecida por Paralisia Infantil é causada por um vírus presente na água, alimentos e até mesmo no ar. Atinge inicialmente o intestino e pode chegar ao cérebro e medula, causando a paralisia.
Meningite
Pode começar com uma gripe forte e atingir o cérebro, comprometendo sua membrana protetora, a meninge.
Difteria
Infecção causada por bactéria, transmitida pela saliva ou secreções nasais, que provoca dificuldades para respirar, febre e fortes dores na garganta.

sábado, 28 de abril de 2012

O mundo aos olhos dos bebês...

Quem nunca quis saber como o bebê enxerga o mundo a sua volta? Os mitos são muitos: “ele não enxerga nada” ou “vê tudo em preto e branco” são alguns deles. Para esclarecer essa questão, confira abaixo a explicação de dois especialistas.
“O bebê começa a perceber a luz ainda dentro do útero, entre o sexto e o sétimo mês, quando as pálpebras ganham movimento", diz o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do Instituto de Moléstias Oculares. Quando nasce, ele consegue enxergar o que o rodeia bem de perto - entre 15 e 40 centímetros -, na forma de vultos enevoados, sem detalhes ou profundidade. As cores, apenas algumas, principalmente os tons fortes.
No início da vida é como se os bebês vissem o mundo através de um vidro embaçado. “À medida que crescem, a visão evolui. É como andar ou falar, uma conquista gradativa, que depende de treino e do amadurecimento neurológico”, explica Centurion.
De acordo com a oftalmologista Maria Carrari, aos dois meses um bebê ainda não consegue distinguir bem um gato de uma criança que passa ao lado do seu carrinho. “No sexto mês, ele já sabe a diferença entre um e outro. Nessa fase, ele começa a ver objetos em três dimensões e tem maior noção de espaço", completa. "Até o terceiro mês de vida, os bebês têm dificuldades para coordenar o alinhamento dos olhos, pois os músculos responsáveis pela movimentação do globo ocular estão em desenvolvimento, mas isso vai se ajustando naturalmente", explica a médica.
É também pela visão que o bebê percebe que é igual às pessoas que o cercam, "é o momento em que ele descobre a própria imagem no espelho, o que costuma ocorrer entre o primeiro e o segundo ano de vida", esclarece a médica.
Por volta do dois anos de idade, a criança já enxerga como um adulto, mas o desenvolvimento neurológico completo da visão só se dá entre seis e oito anos. “Por isso, o quanto antes forem detectados problemas de visão no bebê, maiores serão as chances de garantir uma visão normal na vida adulta”, alerta a oftalmologista Carrari.
Agora que você já sabe passo a passo todas as fases da formação da visão dos bebês, cuide para que ele descubra com saúde a magia das cores e formas do mundo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quer entender um pouco mais sobre o choro do bebê???

Se cada vez que o bebê chora você entra em pânico, saiba que o seu desespero pode deixá-lo ainda mais irritado. O mesmo acontece quando ele é sacudido. “Esses comportamentos são comuns em mães de primeira viagem e não ajudam em nada. Na verdade, podem atrapalhar o relacionamento entre mãe e filho, não permitindo que ela passe o conforto necessário para o bebê”, diz a pediatra Cecília Mello Miranda, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

A especialista explica que o choro é a única forma que o pequeno tem para comunicar suas insatisfações, como fome e fralda suja. Sendo assim, não há motivos para preocupação, afinal, seu filho está reagindo diante dos desconfortos, o que é totalmente saudável e natural. 

Sinais de alerta

Agora, se o pequeno já está com a fralda limpa, a barriga cheia, a sede saciada e continua chorando, vale seguir a orientação da médica: “Como o cheiro e a voz da mãe são referências de vida para o bebê, aconselho que ela acalente-o sempre, com uma conversa, um afago ou colocando-o no colo. O importante é que a criança se sinta segura e amada e saiba que a mãe está por perto”, diz Cecília. 
Se depois de seguir essas orientações o berreiro continuar, vale a pena investigar os seguintes fatores:

- Sono. Quando os pais respeitam a necessidade que o bebê tem de dormir, as chances dele ficar irritado diminuem. Sendo assim, evite levá-lo a lugares muito agitados ou fazer passeios muito longos, principalmente nos primeiros meses de vida.   

Roupa. É comum a criança chorar por conta de uma etiqueta, golas ou peças muito quentes ou apertadas. Para tirar a prova, troque a roupa dele ou dê um banho.

- Dor. Se o choro é persistente, dando a impressão de incômodo, há manchas na pele ou o abdômen está distendido, leve o bebê ao pediatra o quanto antes.

Bebê de fases

De acordo com a pediatra Cecília Mello Miranda, a fase de vida do pequeno também interfere no motivo do choro. Veja:

Até os 3 primeiros meses. O sistema gastrointestinal da criança ainda é imaturo, o que pode levar a crises de cólicas e refluxo.

Dos 3 aos 6 meses. A curiosidade de ver o mundo sob outro ângulo faz com que o bebê tenha vontade de sentar. Mas, como ainda não tem coordenação motora, ele não consegue ficar sozinho nessa posição, o que pode levá-lo a botar a boca no trombone. Além disso, é por volta dos seis meses que os dentes começam a surgir, causando irritabilidade e aumentando o chororô. 

Dos 6 aos 12 meses. Nessa etapa acontece o início da alimentação complementar, que pode causar gases e intestino preso, e a interação com outras crianças, levando ao surgimento das primeiras doenças infantis.

Acidente domésticos: como evitar???

Na presença dos pimpolhos, qualquer bugiganga transforma-se numa grande aventura. Tudo eles querem explorar, com tudo eles querem brincar, e parece até que seus olhinhos estão nas mãos! Mas essa curiosidade toda faz parte do crescimento saudável. 

Porém, todo cuidado é pouco: o ‘lar, doce lar’, justamente, é o lugar onde mais acontecem imprevistos. Isso porque, em um ‘ambiente seguro’, nossa tendência é baixar a guarda. É aí que mora o perigo. 

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 mil crianças morrem todo ano e cerca de 110 mil são hospitalizadas por causa de acidentes domésticos. Sim, é assustador! Mas algumas atitudes preventivas e cuidados redobrados podem ajudar a evitar muitos incidentes. Conversamos com o Dr. Antonio Carlos Turner, pediatra no Hospital Balbino, RJ, que dará algumas orientações a você: 

As causas

As mais comuns são quedas, queimaduras, cortes, afogamentos e intoxicações. Apesar de chamarmos “acidentes”, a maioria é previsível e pode ser evitada com medidas simples, basta um pouco mais de atenção, um olhar diferente sobre cada situação. Quem disse que ser pai/mãe é fácil?

Deixe sua casa mais segura

- Evite deixar que o pequeno circule em alguns ambientes. “A cozinha e o banheiro são os lugares mais perigosos, e com maior índice de acidentes domésticos.

- Instale grades ou redes de proteção nas janelas, terraços, varandas e lajes;

- Use portões de segurança no topo e no pé das escadas, inclusive na entrada da cozinha e do banheiro;

- Não deixe camas e outros móveis próximos a janelas desprotegidas ou cortinas;

- Cuidado com pisos escorregadios e coloque antiderrapantes em tapetes;

- Cubra tomadas e proteja fios desencapados;

- Cozinhe nas bocas de trás do fogão e mantenha os cabos das panelas virados para dentro;

- Não chegue perto do fogão com a criança no colo;

- Evite toalhas de mesa compridas ou jogos americanos para que a criança não puxe e venha comida quente sobre ela;

- Fique longe de crianças ao segurar ou tomar líquidos quentes;

- Teste a temperatura da água com o dorso da mão ou com o cotovelo antes do banho;

- Mantenha isqueiros, álcool e fósforos fora do alcance das crianças;

- Cuidado com quinas afiadas dos móveis. Invista em protetores de quinas e de portas;

- Tudo o que pode intoxicar deve ficar em local alto ou trancado num armário, como medicamentos, antissépticos bucais e produtos de limpeza;

- Mantenha fora do alcance dos pequenos utensílios como facas, tesouras, lâminas de barbear e secadores de cabelo;

- Cuidado com baldes, caixa d’água e vaso sanitário. Certifique-se também de que o tanque esteja bem fixado;

- Jamais deixe um bebê sozinho na banheira, nem por 1 minuto;

- Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m, que não possam ser escaladas, e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;

- Brinquedos e outros atrativos não devem ficar próximos às piscinas;

- Vale a pena levar seu filho a uma escola de natação e, se você não sabe nadar, faça aulas também;

- Atenção para brinquedos, travesseiros, lençóis dentro do berço, pois podem provocar sufocamento;

- Mantenha também sacos plásticos longe do alcance de seus filhos;

- Remova plantas venenosas;

- Ao escolher brinquedos, considere a faixa etária e procure o selo do Inmetro. Evite aqueles com pontas afiadas ou com som muito alto;

- Verifique regularmente o estado de conservação dos brinquedos, e separe sempre os das crianças maiores dos das menores;

- Lembre-se que qualquer objeto pequeno pode ser engolido e provocar estragos;

- Verifique se os equipamentos do playground têm ferrugem, superfícies instáveis ou quebradas;

- Guarde armas de fogo (caso você tenha licença) em locais inacessíveis, e tranque a munição em local separado.

- Como o carro vira uma extensão da casa, sempre transporte seu filho numa cadeirinha, de acordo com a faixa etária dele.

Fique ligada!

Se mesmo assim algo acontecer, procure manter a calma e o bom senso. Tenha sempre à mão os principais telefones de emergência. 

O mais importante é a constante vigilância e orientação. Jamais deixe seu filhote sozinho. “Bebês e crianças menores de seis anos não devem ficar sem supervisão em nenhum cômodo da casa”, finaliza Turner.