terça-feira, 12 de junho de 2012

Febre, cólica e dor em bebês

\não faz sentido, porque a dor local não é necessariamente sintoma de otite”, diz Renata. “Durante a crise, colocar uma fralda aquecida sobre a região reduz a dor e proporciona aconchego. Aplicar uma solução fisiológica no nariz e deixar o bebê com a cabeça elevada também ameniza o desconforto”, aconselha a médica. Febre As mães se apavoram com a elevação da temperatura, mas não há motivo. Temperaturas superiores a 37,5 ºC indicam que o organismo iniciou um processo de defesa contra alguma agressão externa.

Os sinais variam de um bebê para outro: corpo quente, palidez ou rubor excessivo e prostração são os mais frequentes. Para tirar a dúvida, use o termômetro – não confie apenas na sua sensação ao tocá-lo. Se de fato o pequeno estiver com febre, dê um antitérmico, sempre seguindo a orientação do pediatra e respeitando os intervalos que ele recomendou. Nada de repetir a dose antes da hora, pois há o risco de hipotermia.“Tire a temperatura novamente depois de seis horas, que é o período médio de ação da maioria dos medicamentos”, explica o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro Seu Bebê em Perguntas e Respostas (MG Editores). Para acelerar o resultado, tente um banho morno, com água dois graus abaixo da temperatura do bebê. Esfregar delicadamente a pele da criança com uma esponja umedecida também ajuda a dispersar o calor. Evite agasalhar excessivamente o pequeno, ofereça líquido em abundância e areje o ambiente. As convulsões, grande medo das mães, na maioria das vezes acontece no primeiro pico de temperatura, quando o organismo ainda não aprendeu a lidar com a temperatura alta.

Vômito
É diferente da regurgitação, normal em recém-nascidos. A regurgitação acontece logo depois da mamada e se caracteriza pelo retorno de uma pequena quantidade de leite. O vômito pode ocorrer muito tempo depois, ser ou não em jorro, e exige esforço da criança. Suas causas variam: infecções na garganta, problemas gástricos, lesões internas, movimentos bruscos e fatores emocionais são algumas possibilidades que devem ser investigadas pelo médico. Enquanto não fala com ele, mantenha o bebê hidratado, dando pequenas doses de líquido a cada 15 minutos para não provocar nova crise.

Atenção especial
Identificar a causa do desconforto não garante que os problemas acabaram. Dar remédio ao bebê é outro capítulo desse drama. Você pode descobrir que seu pequeno tem uma força de vontade fenomenal para manter os lábios cerrados ou cuspir a dose a alturas inimagináveis. “Facilita se a mãe sentar a criança no colo, semi-inclinada, e oferecer a medicação em pequenas porções, introduzindo a colher no canto da boca”, diz Maria Cristina. Se mesmo assim ela cuspir boa parte do medicamento, repita a dose toda.

Para Sylvio Renan, lançar mão da chupeta dosadora também é um bom recurso. É importante que a mãe jamais derrame ou pingue o medicamento diretamente do frasco na boca da criança. “É fácil errar a dose, e a maioria dos remédios fica mais palatável se for diluída em uma quantidade igual de água”, diz ele. O pediatra também recomenda o uso de supositórios sempre que possível. “Eles são eficientes e há a certeza de que serão absorvidos”, afirma. A colocação é fácil: basta deitar o bebê de bruços, afastar suas nádegas e introduzir a cápsula. Em seguida, pressione uma nádega contra a outra várias vezes para garantir que o medicamento chegue mais facilmente ao ponto onde será absorvido.

Outro cuidado essencial é não medicar o bebê por conta própria, especialmente se for recém-nascido. Tudo bem pedir um socorro à avó ou a uma amiga para identificar o problema e lançar mão de paliativos (como um banho ou uma massagem suave) enquanto não fala com o pediatra. Mas não use remédio sem a recomendação dele – nem os naturais. “Apelar para soluções alternativas é perigoso, tanto pelo risco de piorar o quadro quanto de mascarar sintomas, prejudicando o diagnóstico”, alerta Renata.

Pronto-socorro ou pediatra?
O ideal é sempre procurar primeiro o pediatra. E não fique constrangida em ligar se o bebê apresentar forte desconforto. Mesmo que já tenha falado com o médico, caso perceba um agravamento, tenha dúvidas em relação à normalidade de uma reação ou se sinta insegura sobre os cuidados que ele recomendou, ligue. “Os pediatras estão acostumados a atender chamadas a qualquer hora do dia ou da noite”, afirma Renata. São os ossos do ofício, e você merece contar com um profissional que não a deixe na mão na hora do sufoco. É preferível pedir primeiro a opinião dele do que recorrer a um pronto-socorro diante de um problema simples. “Na maioria das vezes, é possível resolver a situação com uma orientação telefônica e marcar uma consulta para o dia seguinte”, diz Maria Cristina. Assim, evitam-se idas desnecessárias ao pronto-socorro, onde sempre há risco maior de contaminação.

Em alguns casos, porém, o hospital é indispensável. “Se a temperatura sofre uma variação muito grande, se o bebê está prostrado, geme, tem manchas pelo corpo ou parece excessivamente sonolento, não dá para esperar. Tem que correr para o pronto-socorro”, diz Renata. Com a assistência necessária, você fica mais calma e seu filho se recupera rapidinho.

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